segunda-feira, 15 de julho de 2013

Surgimento de peixes mortos no rio Guadiana

Por Gabinete de Comunicação Social da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António 
2013-7-12
Na sequência do aparecimento de peixes mortos no rio Guadiana, os municípios de Vila Real de Santo António, Ayamonte, Castro Marim e Alcoutim reuniram-se esta sexta-feira, em VRSA, com um conjunto de especialistas, biólogos e entidades públicas de Portugal e Espanha, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, a Consejería de Agricultura, Pesca y Medio Ambiente da Junta de Andaluzia, o IFAPA (Cartaya) e o Ministério da Saúde com o objetivo de traçar um ponto da situação.

Nesta sequência, os municípios de Alcoutim, Ayamonte, Castro Marim e VRSA informam que:

1. As análises efetuadas até ao momento indicam que a morte de peixes no Rio Guadiana se deve a um fenómeno natural relacionado com a elevada presença de microplâncton não nocivo para a saúde pública;

2. O fenómeno está localizado na zona do estuário do Guadiana e continua a ser monitorizado pelas autoridades ambientais de Portugal e Espanha, no caso português pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve;

3. As análises efetuadas às águas do rio Guadiana estão de acordo com os parâmetros exigidos por lei;

4. As análises efetuadas à qualidade das águas balneares mostram que as mesmas apresentam excelente qualidade e estão de acordo com os parâmetros exigidos por lei, não existindo por isso qualquer risco para a saúde pública nem para a prática balnear;

5. De forma a minorar incómodos para as populações, as autarquias, em parceria com um conjunto de entidades, nomeadamente a Marinha, as Associações de Pescadores, o Clube de Mergulho Isla Sub, a Proteção Civil de VRSA, a Agência Portuguesa do Ambiente e o ICNF, continuarão a assegurar a limpeza das praias e da foz do rio Guadiana, removendo os peixes mortos que possam vir a surgir;

6. Os municípios e as autoridades ambientais reunir-se-ão semanalmente para acompanhar a situação até que se justifique.


Vila Real de Santo António, 12 de julho de 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Peixes mortos no Guadiana: Municípios asseguram limpeza do rio, O Clube ISLA SUB VRSA participa nas ações de limpeza

Os municípios da Eurocidade do Guadiana estão a efetuar uma ação de limpeza nas praias dos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Ayamonte e no leito do Guadiana, de forma a remover os peixes mortos provenientes do rio.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, as operações de limpeza das praias do concelho e da foz do Rio Guadiana “estão em curso desde o passado sábado, no período entre as 9h00 e as 24h00, pelo que a situação está controlada”.
O surgimento de peixes mortos no Guadiana verifica-se há vários dias, embora as análises efetuadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, tenham revelado valores normais e sem risco para a saúde pública na água.
Além das três autarquias da eurocidade e do município de Alcoutim, as ações de remoção do peixe morto que tem surgido no Guadiana envolvem a Marinha, a Associação de Pescadores de VRSA, o Clube de Mergulho Isla Sub VRSA, a Proteção Civil de VRSA, a Agência Portuguesa do Ambiente e o ICNF.
A autarquia de VRSA tem igualmente fornecido material de limpeza (luvas e sacos) e assegurando o transporte dos peixes recolhidos até aos pontos de deposição apropriados.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Investigadores estudam habitats marinhos do Algarve e alargamento do território português


Cerca de oitenta investigadores e especialistas de diversas áreas integram a expedição oceanográfica da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), que está a decorrer ao largo da costa algarvia até ao próximo dia 11 de julho.
Esta campanha, denominada “EMEPC / M@rBis / Algarve2013″ e realizada no navio “Creoula”, tem como principal objetivo a cartografia e caracterização de espécies e habitats marinhos da costa sul do Algarve, de modo a completar a informação relativa à biodiversidade marinha da zona.
Estão ainda envolvidas diversas universidades, centros de investigação e laboratórios associados nacionais e internacionais.
Também estão a bordo do “Creoula” equipas científicas que desenvolveram projetos específicos para esta área de Portugal continental. Os trabalhos são realizados com recurso a mergulhos com escafandro autónomo entre os cinco e os 30 metros de profundidade, seguidos, a bordo, de triagem, identificação e análise das amostras recolhidas.
Os dados obtidos, através de censos visuais, registo de imagem e amostragem, serão carregados no sistema “M@rBis”, permitindo armazenar informação detalhada da biodiversidade existente nas áreas em estudo para posterior utilização pela comunidade científica.
O “M@rBis” é um sistema de informação georeferenciada da biodiversidade marinha nacional, com vista a fornecer as informações necessárias ao cumprimento dos compromissos nacionais relativos ao processo da União Europeia de extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho, nas águas sob jurisdição portuguesa.
Expedição recolhe dados para o alargamento da plataforma continental
Simultaneamente com esta campanha está também a decorrer outra, no âmbito do Projeto de Extensão da Plataforma Continental. Trata-se da campanha “EMEPC/PEPC/LUSO2013″, iniciada a 17 de junho a bordo do navio “Almirante Gago Coutinho”. O Projeto de Extensão da Plataforma Continental prevê o alargamento dos limites da plataforma continental portuguesa para lá das 200 milhas marítimas. O objetivo passa por alargar o espaço marítimo sob jurisdição nacional de 1.712.000 km² para uma área com cerca de 3.862.000 km².
A proposta portuguesa já foi submetida à Comissão de Limites da Plataforma Continental, que funciona junto das Nações Unidas, em 11 de maio de 2009, e deverá ser avaliada na segunda metade da presente década.
Os trabalhos que estão a ser desenvolvidos pela EMEPC de continuação de recolha de dados têm por objetivo o enriquecimento da proposta portuguesa, no sentido de fortalecer a respetiva fundamentação e eventualmente justificar o aumento da área a estender.